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Dezembro Vermelho: combate à Aids ainda é desafio para a sociedade

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Apesar de ainda não ter cura, hoje em dia, devido aos tratamentos disponíveis, é possível ter uma vida saudável.
Apesar de ainda não ter cura, hoje em dia, devido aos tratamentos disponíveis, é possível ter uma vida saudável.

A Aids assombra o mundo há décadas e, apesar de haver muita informação circulando, a doença ainda é cercada por preconceito, estigma e desinformação. O 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids em todo o mundo, sob coordenação da Organização Mundial de Saúde. Neste Dezembro Vermelho, a Procuradoria-Geral do Estado traz informações sobre prevenção e tratamento da doença.

Aids é uma sigla em inglês que significa “síndrome de imunodeficiência adquirida” – ou seja, a enfermidade ataca o sistema imunológico do paciente, e é causada pelo HIV (também sigla em inglês, que significa “vírus da imunodeficiência humana”). O atendimento e o tratamento da Aids são gratuitos nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar de ainda não ter cura, hoje em dia, devido aos tratamentos disponíveis, é possível ter uma vida saudável, plena e segura convivendo com o vírus. Nem todos os soropositivos desenvolvem a doença: uma pessoa pode ser portadora e não apresentar sintomas por anos, mas pode transmiti-la. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o HIV aparece em quantidade suficiente para causar a contaminação em secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. O Ministério elenca as formas de transmissão da seguinte forma:

  • Sexo sem preservativo
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa
  • Transfusão de sangue contaminado
  • Da mãe infectada para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação
  • Instrumentos que perfuram ou cortam não esterilizados

É seguro compartilhar o espaço de trabalho, banheiro, itens de higiene pessoal (como sabonete e toalhas), talheres e copos com pessoas com HIV. O Ministério da Saúde ressalta ainda que a Aids não é transmitida por beijos, abraços, apertos de mãos, sexo com uso adequado de camisinha, suor, lágrimas, ar, picadas de insetos, lençóis, assentos, piscinas, banheiros e outros contatos.

Números

De acordo com o programa das Nações Unidas para a Aids, 37,6 milhões de pessoas estavam vivendo com o HIV em 2020, totalizando 690 mil mortes por doenças relacionadas naquele ano. Dados também de 2020 do governo federal apontam cerca de 920 mil pessoas com o vírus no Brasil.

Ainda que os números sejam altos para uma doença que pode ser evitada, o Ministério da Saúde registra nos últimos anos uma queda no número de casos. Desde 2012, houve uma diminuição de 18,7% na taxa de detecção no país. As autoridades de saúde consideram que ações como a testagem e o início imediato do tratamento, em caso de resultado positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos.

Detecção

O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue ou de fluido oral. Na rede pública de saúde são oferecidos exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos em cerca de 30 minutos – que podem ser feitos de forma anônima. O SUS oferece a possibilidade de realizar o autoteste gratuito.

Tratamento

Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos impedem que o vírus se replique dentro das células e evitam, assim, que a imunidade caia e que a Aids se desenvolva.

Links úteis

Ministério da Saúde - bit.ly/3IcUcxm

Secretaria Estadual da Saúde – perguntas frequentes - bit.ly/3daMPrY

Autoteste gratuito - bit.ly/3DeGBC5

Informações sobre atendimento em Porto Alegre - bit.ly/3G7jOd5

Procuradoria-Geral do Estado do RS