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Cores da saúde: é tempo de reforçar a prevenção à Aids e ao câncer de pele

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Campanhas Dezembro Vermelho e Dezembro Laranja marcam o mês
Campanhas Dezembro Vermelho e Dezembro Laranja marcam o mês

Este mês sempre inicia com o Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º) e o Dezembro Vermelho é período de reflexão sobre prevenção, tratamento e respeito. Também é tempo de atenção ao câncer de pele. A PGE se engaja nestes movimentos de “Dezembro Vermelho e Laranja”, como parte da ação “Te cuida o ano todo”.  

 Além de lidar com um diagnóstico positivo, pessoas com HIV e Aids encaram o receio de crítica. Há depoimentos de medo, solidão, culpa e também de dificuldade de revelar o fato a familiares próximos, de sua confiança, ou de iniciar um relacionamento por se ver no papel de agente transmissor. Muito pelo fato da doença ter gerado cenas fortes no seu surgimento e difusão há décadas e por estar relacionada à sexualidade. 

 O cenário mudou e hoje pessoas que falam sobre como é viver com HIV ou Aids sem receio de mostrar o rosto. A abertura no diálogo sobre o tema é importante para fomentar a prevenção com o comportamento sexual seguro, a realização do teste e do tratamento correto e permanente, visto que tabus e medo podem afastar pessoas que preferem ignorar o assunto.   

Como em relação a outros temas da saúde, a sociedade também debate o atendimento dos profissionais aos pacientes, em especial a comunicação, para evitar situações inadequadas. Além disso, o uso de termos pejorativos, que discriminam e em nada colaboram, deve ser abolido.   

Estado chama atenção em ranking 

 A Secretaria Estadual da Saúde destaca que, no Boletim Epidemiológico do HIV e da Aids, o Rio Grande do Sul é um dos estados que chama a atenção pelos índices: sexto lugar nas taxas de novos casos e primeiro no ranking da mortalidade. O boletim é elaborado anualmente pelo Ministério da Saúde. 

Comparando 2020 e 2022, o número de casos de infecção pelo HIV aumentou 17,2% no Brasil. No RS, esse aumento no período foi de 3%, passando de 2.836 casos notificados para 2.920 ano passado.  

Em 2022, o ranking referente às taxas de detecção de Aids mostrou o Rio Grande do Sul como o sexto de maior índice no país: com 23,9 casos por 100 mil habitantes. Os estados líderes nesse índice são Roraima (34,5), Amazonas (32,3), Pará (26,3), Santa Catarina (25,3) e Amapá (25,0). A média nacional dessa taxa é 17,1.  

Já em relação ao coeficiente de mortalidade, o RS é o de maior coeficiente no país: 7,3 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 4,1. Ao mesmo tempo, nos últimos dez anos, o Estado registrou queda de 34,8% no coeficiente de mortalidade por Aids, passando de 11,2 para 7,3 óbitos por 100 mil habitantes. 

Em 2022, no Estado, foram 1.130 mortes por causa básica notificada como aids. 

Prevenção  

 Além do comportamento individual seguro, com o uso de preservativos e o não compartilhamento de seringas, medidas coletivas importantes são a ampliação da testagem rápida, a disponibilização de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e PEP (profilaxia pós-exposição ao HIV) e os tratamentos altamente efetivos que controlam a carga viral e mantêm o HIV indetectável em pessoas que vivem com o vírus, fazendo com que elas não mais transmitam. 

No Rio Grande do Sul, a implementação dessas ações vem acompanhada de outras estratégias, como a manutenção do Projeto Geração Consciente, iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde em parceria com Secretaria Estadual de Educação, UNESCO, UNAIDS e RS Seguro, dirigido a jovens estudantes de escolas estaduais e municipais no qual um dos eixos trabalhados é a saúde sexual e reprodutiva. 

 O Estado adotou a testagem do HIV em caráter obrigatório em todas as gestantes e parturientes no momento do parto, independentemente do número de testagens anteriores. Isso resultou no aumento expressivo da cobertura de testagem nas maternidades.  

 A partir de 2018, a SES instituiu a recomendação em Nota Técnica Estadual de testagem para HIV em pais ou parceiros nas maternidades e a testagem no puerpério e durante o aleitamento materno. 

Alguns números do RS no boletim de 2023 (dados de 2022) 

  • Casos de HIV notificados no Sinan: 2.920 

  • Gestantes infectadas pelo HIV (casos e taxa de detecção por 1.000 nascidos vivos): 950 / 7,9 

  • Casos de crianças expostas ao HIV notificados no Sinan: 1.577 

  • Óbitos por causa básica aids: 1.130 

  • Coeficiente de mortalidade por aids (por 100.000 hab.): 7,3

Teste  

Os testes de HIV são realizados em todas as unidades de saúde do Estado, nos Centros de Testagem e aconselhamento. 

Atualmente os testes rápidos são os mais utilizados e disponibilizados pelo Ministério da Saúde. São de total confiabilidade, feitos através de punção digital, e o resultado diagnóstico sai em 30 minutos.   

Os testes laboratoriais requerem coleta de sangue venoso e são encaminhados para análise. A grande vantagem do teste rápido é que, caso o resultado seja reagente (positivo), o tratamento pode ser iniciado. 

Existe também o autoteste, feito pela própria pessoa. Mas não é considerado diagnóstico, é de triagem, ou seja, é preciso fazer outro para confirmar.  

Dezembro também é laranja, cuide da sua pele 

Um país extenso, tropical e formado por uma população diversa. Todos devem buscar a prevenção ao câncer de pele, mas as necessidades podem variar. No Dezembro Laranja, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) conscientiza sobre o câncer de pele e a importância do contato com o dermatologista para entender a combinação ideal de medidas de proteção para cada pessoa.  

 A SBD aponta que o câncer da pele é o mais comum entre os brasileiros, representando 33% de todos os diagnósticos da doença. São fatores de risco ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele; já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida; ter muitas sardas ou pintas pelo corpo; ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia; já ter tido câncer da pele; e ter mais de 65 anos.  

Independente ter ou não estas características, qualquer pessoa pode ter câncer de pele.  

 

Prevenção 

A prevenção passa pela aplicação de protetor solar FPS 30 ou maior diariamente, uso de camiseta, chapéu e óculos de sol com proteção UV, evitar o sol entre 9h e 15h e consulta médica regular. A Sociedade Brasileira de Dermatologia reforça que as medidas são para todos os momentos de exposição ao sol, não apenas na hora do lazer. 

  

 Preste atenção 

 O Ministério da Saúde indica que os principais sintomas do câncer de pele são: 

 - surgimento de manchas que coçam, descamam ou que sangram; 

- sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; 

- feridas que não cicatrizam em 4 semanas. 

Procuradoria-Geral do Estado do RS