Dezembro Vermelho e Laranja: mantenha a prevenção sempre no radar
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Em um convite ao cuidado com a saúde pessoal e coletiva, a PGE-RS promove a campanha "Dezembro Vermelho & Laranja", reforçando a importância do conhecimento e atuação em relação a HIV/AIDS e outras ISTs e também ao câncer de pele com o chamado "Prevenção sempre no radar – cuidar da tua saúde não é um obstáculo".
A mensagem reforça que, assim como seguimos o GPS para não perdermos o caminho, devemos manter a saúde em foco, priorizando hábitos preventivos e eliminando possíveis obstáculos no autocuidado diário. A iniciativa integra campanha "Te cuida o ano todo", que fomenta a adoção de hábitos saudáveis de modo permanente.
O primeiro dia deste mês é dedicado à reflexão global sobre prevenção, tratamento e respeito, com o estabelecimento do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º), e dezembro também é marcado pelo início de verão, quando as pessoas estão mais expostas aos efeitos do sol.
HIV/AIDS e outras ISTs
O HIV, vírus que causa a Aids, pode ser transmitido por meio do contato sexual desprotegido, pelo compartilhamento de seringas contaminadas e também da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Por isso, a realização de testes não pode ser vista como um tabu.
O Ministério da Saúde reforça que todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Os medicamentos impedem que o vírus se replique dentro das células T-CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia. Na prática, saber o quanto antes da infecção melhora a qualidade e aumenta a expectativa de vida.
Dados mais recentes do Boletim Epidemiológico do HIV e da Aids, documento elaborado anualmente pelo Ministério da Saúde, apontam que, em 2022, o ranking referente às taxas de detecção de Aids mostrou o Rio Grande do Sul como o sexto estado de maior índice no país: 23,9 casos por 100 mil habitantes. Os Estados líderes nesse índice são Roraima (34,5), Amazonas (32,3), Pará (26,3), Santa Catarina (25,3) e Amapá (25). A média nacional é de 17,1.
Em relação ao coeficiente de mortalidade, o RS é o líder: 7,3 óbitos por 100 mil habitantes – a média nacional é de 4,1. Em 2022, no Estado, foram 1.130 mortes por causa básica notificada como Aids.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
Além de preservativo, a prevenção pode ser feita por meio de medicamentos com a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), o uso de antirretrovirais antes da relação sexual com o objetivo de preparar o organismo para enfrentar um possível contato com o HIV. No Painel PrEP, é possível verificar online os locais que disponibilizam a profilaxia no estado.
Estado habilita centros regionais de atenção e prevenção às ISTs
O governo do Estado assinou, em setembro, a portaria SES 580/2024, que atualiza a lista de municípios que contarão com o Centro Regionalizado de Atenção Integral e Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, ao HIV/Aids e Coinfecções (Craip), recebendo um incentivo mensal, pré-fixado, de R$ 80 mil. O valor é destinado ao custeio dos serviços e tratamentos especializados.
A criação dos Craips faz parte da expansão e consolidação das estratégias de prevenção e enfrentamento ao avanço das epidemias de HIV/Aids, hepatites virais e coinfecções, e ao aprimoramento da organização da rede de atenção integral à saúde das pessoas vivendo com HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Já foram habilitados 24 Craips: Bento Gonçalves - Lajeado - Rio Grande – Uruguaiana - Alvorada - Cruz Alta – Ijuí - Novo Hamburgo – Pelotas - Porto Alegre - Santa Cruz do Sul - Santa Rosa - Santana do Livramento - Santo Ângelo - São Leopoldo - Taquara - Tramandaí - Viamão – Canoas -Frederico Westphalen – Montenegro - Santa Maria – Soledade – Vacaria.
Atendimento garantido em regiões afetadas nas enchentes
Com união de esforços, o acesso ao tratamento e a manutenção da assistência a pessoas vivendo com HIV/Aids, Hepatites Virais, Infecções Sexualmente Transmissíveis e Tuberculose foram garantidos nos municípios atingidos pelas enchentes e deslizamentos no Rio Grande do Sul neste ano. Medicamentos foram enviados por via aérea ou terrestre em operações de urgência e a estratégia da Secretaria da Saúde (SES) também envolveu demandas emergenciais de fórmula láctea para as crianças expostas ao HIV/HTLV e testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Houve também empenho para a disponibilização de preservativos externos e internos.
Dezembro Laranja
O cuidado com o sol deve ser permanente, mas é no verão que as pessoas lembram mais de usar o protetor, método mais conhecido. Outros itens e hábitos que parecem de conforto na realidade também protegem a saúde, como chapéus, mais peças de roupa, óculos escuros com proteção UVA e UVB e a ingestão de bastante água. A dica de ouro é evitar a exposição entre 10h e 16h.
O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Veja os principais sintomas:
• Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram;
• Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
• Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
Saiba mais sobre os tipos de câncer:
Câncer de pele melanoma: tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase, mas segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos pacientes.
Câncer de pele não melanoma: mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no País. Ao mesmo tempo, tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, o não melanoma é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado adequadamente.